#101 City Lights /1D

#101 City Lights por Sane
#101 City Lights
História por Sane


Capítulo 1

Londres, segunda-feira - 12:45h

Primeiro dia de aula numa escola nova, isso é muito chato. Graças ao emprego do meu pai que o transferiu para Londres! Não que seja uma cidade chata, mas é diferente lá do Brasil, que é quente. Qualquer garota poderia estar empolgada com isso, mas não eu. A qualquer momento vou estar entrando em uma nova turma, novos amigos e novo grupo de patricinhas para me atormentar. Porque, é claro, nunca consigo me adaptar a NADA! Estava observando a paisagem no caminho para escola, quando meu pai interrompe meus pensamentos:
- Chegamos, filha... filha?
- Hãm? - eu disse, perdida
- Chegamos. Essa é sua nova escola. Quer que eu te acompanhe?
- Ah, não, pai. Não precisa. Pode deixar.
- Está bem. Tenha uma boa aula. Vou vir te buscar assim que sair do serviço.
- Ok. Obrigada.
- Boa sorte. - Ele deu um beijo em minha testa e partiu. Coloquei a mochila nas costas, fiquei uns 5 segundos parada em frente a escola, lendo o nome dela, então entrei.
Aquilo estava uma zona total! O diretor da escola me chamou para entregar os horários de aula, falar um pouco da escola e me entregar o número do meu armário. Então eu tinha mais um desafio: achar o meu armário. Saí olhando para todos os lados, procurando.
- Oi, é nova aqui na escola? - um garoto, com olhos muito bonitos, apareceu em minha frente.
- Sim – consegui responder, só isso.
- Seja bem-vinda então. Eu sou o . E você é?
- Obrigada. Sou a .
- Posso ajudar? - Ele disse sorrindo -
- Só estava procurando meu armário. - Terminei de dizer isso e ele olhou para o papel que eu estava segurando com o número do meu armário.
- Hm... número 27. É na mesma direção que o meu e ao lado do armário do , que fica ali – ele apontou e eu não entendia nada. Ele tinha um jeito engraçado.
- ? - perguntei.
- Sim? Eu aqui. - uma voz atrás de mim. Era o tal .
- Essa é a , sua nova vizinha de armário.
- Ótimo, sou o . Vam... Uau! - escutei todos gritando e assoviando. Me virei e vi que eram as líderes de torcida chegando.
- As líderes de torcida desse ano estão muito "boas", não é? - ele arqueou uma das sobrancelhas para o .
- Com toda certeza, meu amigo. Acho que vou entrar no grupo esse ano – ele respondeu.
- Vai balançar seus pompons? - o perguntou, piscando rápido e sorrindo.
- Ok, , fique quieto. - ele respondeu um pouco estressado-
- É... obrigada por me ajudarem - sorri.
- Isso! Desculpa, eu me esqueci.
- Não se preocupe – fui saindo.
- Vamos, . Vou te ajudar. - insistiu. Me puxando pela mão e me levando até o armário.
- Qual sua primeira aula, ? - O , que estava atrás de mim, perguntou.
- Pelo que vejo aqui, é: Inglês.
- É junto comigo! - ele respondeu sorrindo – Vamos?
Então o sino bateu bem na hora e eu assenti com a cabeça.
- Boa sorte para vocês! - gritou enquanto nós estávamos indo para a sala.
- Então, , posso te chamar assim?
- Claro.
- De onde você veio? Seu sotaque é fofo!
- Obrigada. Vim do Brasil – eu tinha corado.
- Que demais! Sempre quis ir para lá. - ele respondeu empolgado.
- Quem sabe um dia te levo para lá. - brinquei .
- Seria bem legal. - nós entramos. Eu sentei ao lado dele durante as aulas. Ele era bem divertido e tinha um ótimo cheiro também. Na verdade, ele era lindo. Admito!
- Vamos terminar esse trabalho logo, .
- Está mesmo interessado?
- É que se terminarmos mais rápido, saímos mais cedo.
- Ok, , então vamos logo. Faça o resumo e eu as questões.
- Certo! - ele pegou a caneta e começou a fazer. Nós terminamos bem rápido. Na verdade, fomos os primeiros. Então a professora nos liberou e ficamos sentados no pátio conversando, já que ele esperaria o .
- Vai entrar para as líderes de torcida? - ele disse, se sentando ao meu lado.
- Não curto muito isso. É muita exposição e não sou o tipo de menina pra isso.
- Por que diz isso? Você é perfeita! Bonita, tem um cabelo bonito, sem falar no seu corpo. Me desculpe, mas você tem um corpo incrível.

Capítulo 2

POV's

- Concordo, ! - O disse rindo.
- Terminou cedo seus deveres? - Perguntei.
- Pra mim é normal. Eu é que estou espantado por você ao menos ter feito algo – disse sarcástico.
- A me ajudou a fazer.
- Eu era sua dupla, não podia te deixar na mão, né?
- Só assim pra você fazer algo, . Valeu por incentivar, .
- Ok, chega. - Eu disse, para que ele encerrasse o assunto.
- Certo. Mas por que disse que ela tem um corpo bonito? Não que eu discorde.
- Eu disse que ela poderia entrar para as líderes de torcida. Mas isso não é verdade?
- É sim. Mas aquelas meninas são muito fúteis - ele respondeu. - Ligam apenas para beleza e popularidade.
- Isso que eu queria dizer. - A sorriu.
- Mas o é a fim de uma das líderes, não é ? - Ele riu.
- Aff, , nada a ver. Eu só fiquei com ela uma vez! – Por que ele tinha que tocar nesse assunto?
- Mas você gosta dela, maninho, admita.
- Admita mesmo, . - Até a se juntou com o idiota .
- Ok, eu admito – disse.
- E por que não namora com ela, ? - Ela perguntou confusa.
- Sei lá, acho que é muito cedo e também, depois que ficamos… Ela nem quis saber mais de mim. Não retornava minhas ligações e nem respondia meus sms’s.
- Mas quando a gente gosta de verdade... a gente luta por nossa felicidade. - Ela insistiu com um sorriso tão doce, que me fez ficar feliz.

POV's

Nossa, essa é uma fofa. Mesmo falando com ela por pouco tempo, ela parece ser uma ótima garota. Talvez eu fique com ela... A não ser que o pense nisso primeiro. Apesar de ele ter a liderzinha dele. Não sei... Vou pensar mais sobre isso.
- Então, , o e os outros garotos vão lá pra casa na saída.
- Ahan.
- Vocês moram juntos? - Ela riu confusa-
- Na verdade nós moramos no mesmo prédio. Somos vizinhos de apartamento, junto com os outros caras - sorri.
- Por quê? Quer morar comigo lá? - O respondeu em risos, com uma cara de safado.
- Quando a gente casar, pode ser? - Ela brincou. -
- Opa! Mas é claro. - O ainda só estava brincando. Pelo menos ela tinha senso de humor também. Mas se ela continuar assim com ele... Logo não vai ser mais brincadeira.
- E então, seu namorado vai vir te buscar, ?
- Primeiro, eu não tenho namorado. E segundo, é meu pai quem me busca, mas provavelmente ele nem venha, já que é muito ocupado com o trabalho. - Ela respondeu revirando os olhos.
- Se quiser carona, nós te deixamos na sua casa. - disse.
- Não é incômodo?
- Nenhum – respondi. - Será um prazer, linda! - O sinal bateu e nós apresentamos o resto dos meninos para ela. Ficamos esperando o pai dela com ela, mas ele não veio. Então o foi pegar o carro para que pudéssemos ir embora. No caminho, ficamos cantando as músicas da rádio igual doidos, que, na verdade, somos.
- Valeu, meninos - ela disse quando chegamos em frente a sua casa.
- Não foi nada – o respondeu por todos sorrindo. Depois que deixamos ela em sua casa, fomos para o meu apartamento jogar play e beber, como sempre. É, ainda somos imaturos. Apenas o que, pela primeira vez, foi fazer tarefa, mesmo que fosse de qualquer jeito.
- Oh, fazendo tarefa? Está doente, cara? - O brincou.
- Não. Eu só quero ganhar um ponto. - Ele respondeu rindo.
- Hmmm, ponto com a , né? - entrou na brincadeira.
- Nada a ver, cara. - Ele disse, fechando a cara.
- Mas a garota parece perfeita, gente. Ele não tem culpa. Se apaixonar por ela é fácil – disse rindo.-

Capítulo 3

- Chega! Na moral, eu conheci ela agora. E sou a fim da Darlen. - O disse estressado. Depois que todos cansaram, foram embora para seus devidos lugares. Afinal, no outro dia, teríamos de ir para a escola novamente.

Pov's

Acordei às 09:00 para arrumar minha ''casa'', porque eu não tenho mãe pra fazer isso para mim. É assim quando você quer ser independente. Quando terminei, fui tomar meu banho e lembrei que não havia terminado de fazer o dever da aula passada. Eu não sei por que os outros garotos cismaram de eu estar interessado na , ela é bonita... simpática, fofa, inteligente, mas é muito cedo para dizer.
Quando deu o horário de ir, fiquei esperando os garotos no saguão, eles chegaram e nós fomos para a escola.

- Depois diz pra gente quantos pontos você ganhou com ela viu, ? - O disse, zoando com os outros garotos, enquanto fui na direção dela, que estava entrando na escola.
- ! Me espera – gritei.
- Claro – então, quando a alcancei, ela se virou e acenou para um homem que estava do outro lado da rua com um Audi TT cinza. Deduzi que era seu pai.
- Você é igual a ele. Pelo menos na aparência - disse brincando.
- Na verdade, todo mundo diz que sou exatamente igual a ele o tempo tudo. Mas isso me orgulha – ela riu. - Fez a tarefa?
- É.. então, eu fiz um pouco, mas não terminei porque os meninos estavam lá em casa ontem.
- Sabia! Não se preocupe, eu fiz tudo ontem. - Quando ela disse isso, vi que eu era uma pessoa irresponsável. Eu a desapontei no primeiro dia? Nossa, bati o recorde.
- Desculpa, . Me desculpe, mesmo! Eu sou um irresponsável. Mas prometo que vou melhorar – implorei.
- Tudo bem. Mas com uma condição. - Ela disse, pegando seus materiais no armário.
- Ok, pode dizer. - Eu disse, pensando em qualquer coisa ruim que uma garota poderia falar.
- Leva meus materiais – ela riu, colocando uns cinco livros em meus braços.
- Eu levo. Mereço isso mesmo, que cruel – falei num tom irônico.
- Se quiser mais, eu penso em algo melhor, quer dizer, pior.
- Eu estou bem assim – ri. Então bateu o sino e nós fomos pegar nossos lugares na sala. Era aula de Biologia. Além da professora ser uma bruxa, eu não entendia absolutamente nada.
- Minha aula preferida – ela disse animada.
- A partir de hoje você irá odiar Biologia, com certeza. Ainda mais com a professora ''Rainha Maravilha'' – eu disse alto enquanto a professora entrava e os outros alunos riam.
- Ah, meu melhor aluno! Sr. , mais estudioso impossível.
- Obrigado, professora ''favorita''. Mas passo esse título para minha amiga aqui ao lado – eu disse, segurando no ombro da .
- Uma aluna nova! Vi seu histórico… , não é? - Ela apenas assentiu para a professora. - É uma boa aluna, seja bem-vinda. Ah, e espero que faça bem ao , ele precisa. - E agora o pessoal riu da minha cara. Realmente, a era uma boa aluna.
- Obrigada – a sorriu. - Esse bimestre nós trabalharemos muito em duplas. Por isso escolham uma pessoa fixa. Para mudar, só com boas causas e falando comigo. Como primeira nota, deverão fazer um trabalho sobre ''Biosfera e seus Ecossistemas''. Podem escolher seus parceiros. - Quando a professora terminou de dizer, aquilo se tornou uma bagunça, e já vieram várias pessoas em cima da .
- Ei, aluna nova, quer ser meu par? - O Joseph veio com um ar de conquistador para ela. Eu odeio aquele garoto. Além de ser o “capitão” do time de futebol, acha que é melhor que todos.
- Não! Ela não quer. EU sou o parceiro dela. – Disse, antes que ela respondesse. - Não é, ?
- Ah, tudo bem. - Ela disse tímida e se levantou para falar com a professora.
- Você é enxerido! Ninguém te chamou na conversa, marica. Ela não é para você. - Ele disse me empurrando.
- Você é estúpido, Joseph. Viado. - Eu disse a última parte com um sorriso sarcástico.
- O que foi que você falou? - Ele estava se estressando. E era isso que eu queria.
- Além de viado é surdo? - Então ele armou seus braços e cerrou seus punhos para me acertar com um soco e a interrompeu.
- Garotos! Eu já resolvi com a professora. Não quero que briguem, porque, a partir de hoje, nós três somos parceiros. - O que foi que ela disse? Nós três? Só pode ser brincadeira. Logo escutei uma voz dizendo ''Essa eu quero ver''. Todos sabiam da minha briga com o Joseph, menos ela.
- Por mim tudo bem – ele sorriu irônico, como se soubesse que eu ia dizer o contrário. - Pra mim também – olhei desafiador para ele. Na verdade, estávamos entrando num desafio e ele não irá ganhar. De jeito nenhum ele vai ficar com a . Afinal, ela é minha agora. E com minha, eu quero dizer, minha amiga.
- Então, depois resolvemos os horários para os encontros do grupo, ok? - Ela disse animada.
- Como quiser, senhorita – ele beijou a mão dela.
- Isso é brega, Joseph! Renove suas conquistas. - Disse revirando os olhos. Aquilo me dava nojo. Então, agora seria : '' Eu, minha amiga e um babaca.'' Mas eu aguento. Não quero que ele ganhe essa ''disputa'', e então será : Eu, minha amiga e eu'' . Então fui surpreendido por um abraço dela. As aulas todas foram chatas. Na saída, o pai dela a buscou e eu e os meninos fomos para o meu apartamento, como de rotina. Percebi que estava com o cheiro da em mim… E, sabe, era um cheiro ótimo.

Capítulo 4

Terça-feira, 18:00h

Pov's

Cheguei em casa exausta com o dia na escola. Eu até estava começando a me adaptar lá, mas o tempo ainda me agonizava e eu estava começando a sentir falta dos meus amigos. Sei que agora tinha cinco idiotas, na verdade seis agora com o Joe. Sim, me acostumei em chama-los só por apelido. Era mais rápido. Só queria entender o motivo dele e o do não se falarem ''muito''. Isso me intrigava, mas não me sentia em total liberdade para questionar. Não tinha intimidade ainda. Mas ainda irei descobrir. Estava chegando em casa e finalmente meu pai resolveu desligar-se da ligação que estava desde o caminho da escola e perceber que eu estava ali.
- Como foi a aula, filha? - sorriu de canto.
- Boa. Normal como qualquer outra que já tive. - fui um pouco fria, mas algumas das atitudes do meu pai me chateavam. Como o fato de ele dar mais importância às outras pessoas e ao serviço do que para a própria filha.
- Se tiver algum problema lá, seja com algum colega impertinente ou professores... me avise. - saímos do carro. Nunca tive problemas com a escola e, se tivesse, ele não saberia.
“De quê adiantaria chamá-lo?” - pensei, apenas pensei, mas respondi: - “Relaxa, pai, sei me cuidar” e nós entramos. Ele parecia um pouco mais triste que ontem. Deveria ser pelo telefonema. Então tentei conversar.
- Com quem estava falando, pai? - disse com educação.
- Ninguém de tanta importância, minha querida – ele disse, tentando parecer tranquilo, mas pude ver o desânimo em sua voz. - Vou preparar o jantar, o que quer comer?
- Não estou com ideias, pai. Qualquer coisa está bom.
- Tudo bem então, vou ver o que tem.
- Vou tomar banho então – ele apenas sorriu, assentindo e eu subi. Sabia que era algo importante sim. Mas se ele não queria contar... tudo bem. Talvez não devesse ser do meu interesse. No banho, até lembrei que tinha de marcar os horários para a reunião com o e com o Joe . Pensei em várias coisas para o nosso trabalho ser o melhor… maquete talvez? Cartazes? Vídeos? Representações? Foram muitas coisas, na verdade. Ótima hora para se pensar, não? No banho. Me troquei, coloquei um pijama mesmo e desci para jantar com o meu pai. Nós conversamos até. Sobre a escola... o trabalho dele. Enfim, nosso papo de sempre.

POV's

- Não vai vir jogar, ? – perguntei, sem tirar os olhos da TV.
- Ele está muito ocupado tentando impressionar a novata. - completou e nós rimos. Coisa que fez o se irritar um pouco .
- Isso não tem nada a ver. - disse arrogante.
- Então por que está fazendo ''tarefa''?- foi até ele.
- Não é tarefa, ! Estou apenas lendo. Isso é diferente.
- Mas nem isso você fazia. Era o ''winner'' do vídeo-game - riu, tentando irritá-lo mais.
- Essa menina está te mudando rápido, hein, cara . - eu disse. Então ele jogou o livro na mesa, sentou-se com a gente e começou a jogar.
- Vocês não sabem viver sem mim. Essa é a verdade. Parem de me encher – bufou.
- Sim. É muito ciúmes da novata, sabe? - mais uma vez o ironizou. E então nós começamos de verdade o jogo. A gente adorava provocar o , ele se irritava fácil demais. Não que ele gostasse da novata... Ou melhor, . Mas era como um divertido jogo o irritar. Afinal, pimenta no olho dos outros é refresco e, quando se trata de seu amigo, é melhor ainda. No outro dia, não consegui acordar tão cedo. Na verdade, acordei às 10:45! Era tarde o suficiente. Daria apenas para eu comer, cuidar das minhas higienes, arrumar o material e ir para escola. Sei como enrolo. Foi o que eu fiz e os outros garotos já estavam me esperando nos sofás do saguão.

- Se ontem você não estivesse lá em casa com a gente, eu diria que a noite “foi boa”. - olhou malicioso.
- E eu diria que você estava com a Darlen – debati.
- Mas não fui eu quem acordou tarde, então não tem…
- Chega, é chato ver briga de casal no primeiro momento do dia. - o interrompeu, indo para fora com os outros e nós fomos também, afinal, ainda tínhamos que ir para a escola. Nós sempre tínhamos uma discussãozinha, mas era brincadeira. Eles são como irmãos pra mim.
- Ei, patetas – senti alguém pulando em minhas costas.
- , minha flor! - o a abraçou. Fizemos o mesmo.
- Quase quebrou minhas costas – brinquei, apertando o abraço.
- Desculpe, saí da dieta alguns dias atrás – ela riu, colocando a mão na barriga.
- Marcou o horário das ''reuniões''? - O perguntou.
- Já sim. Mas tenho que saber se para vocês dois estão bons.
- Qualquer horário pra mim está. Só ver com o idiota lá do Joseph e me avisar.
- É, tudo bem... Quais são suas aulas? - Ela perguntou e todos respondemos. Eu, ela e o teríamos a primeira aula juntos, então fomos. Era química. Certamente seria em dupla. Eu iria chamá-la para fazer dupla comigo, quando o Joseph, que estava lá também e guardando um lugar, a chamou e ela foi. Nenhum de nós gostava dele. Era um idiota. E agora ele está tentando conquistar a … Mas isso ele que se resolva com ela. Ou com o .

Capítulo 5

POV's

Era um saco ficar na aula sozinho, sem os garotos… sem a . O lugar ao meu lado estava vazio, afinal, quem é que gosta de sentar ao lado do ''melhor aluno'' da sala? Até que alguém quebra esse meu pensamento e põe seus materiais na mesa.
- E aí, ? - era a , poucos sabem, mas eu gostava bastante dela. Não era amor. A gente ficou e tals... mas não era nada sério.
- Ah, oi, . Quanto tempo, né?
- Verdade. Eu resolvi trocar umas aulas para poder ver mais você. - O quê? Foi isso mesmo que ouvi?
- Ninguém resiste a mim. - não gosto que pinte clima. Ainda mais com ela que quando ficou comigo estava com mais outros dois garotos.
- Nem mesmo a novata da escola, não é? - ela riu.
- Como assim?
- É que vi vocês indo embora juntos esses dias. - mas o que interessa ela? Eu ia dar uma resposta assim, mas a professora entrou na sala e mandou cada um fazer as tarefas do livro. Correção seria oral. - Melhor eu fazer logo – disse, sorrindo forçado.
- Olha, um progresso na sua vida. Parabéns. - ironizou.
- Obrigado. Chega numa certa idade que a gente deveria crescer. Para você não está na hora, não? - ela franziu a testa e começou a fazer a tarefa.
- Talvez eu tenha mudado. Não vê que vim atrás de você?
- É isso que não consegui entender até agora. , você não tem motivos. - Eu tenho. Mas você não entende. - outra vez a professora interrompe:
- Sem conversa na sala de aula. Menos um de quem falar!
Até agora não entendo o que é que ela veio fazer aqui. Minha vida estava bem até... Talvez seja só pra saber se estou com a . Algum outro interesse... Agora tanta coisa passa pela minha cabeça que nem sei qual é a certa. Mas eu saberei com o tempo, isso tenho certeza. As aulas passaram depressa, acho que é porque dessa vez eu estava mesmo fazendo tarefa. Por sorte ainda não tiveram as duas últimas aulas. Estava recolhendo meus materiais até que alguém me segura pelo braço e eu vejo que é a .
- , o que vai fazer hoje a noite?
- Não sei ainda. Por?
- Queria saber se não quer ir em uma festa comigo. - mordeu os lábios. ESTRANHO.
- Não sei não, … Não estou muito animado.
- Eu sei que está assim pelo que aconteceu entre nós. Mas isso é passado. Esquece tudo. Por favor... Vai ser legal. Vai, seu chato.
- Que horas? - acho que ela poderia estar certa. E é bom eu esfriar um pouco a cabeça.
- Às 20:00! Passa lá em casa… - me deu um beijo na bochecha e saiu. No corredor da sala onde eu estava, apareceram os garotos, a e o Joe.
- Tô sabendo, hein, . Você e a . Só estavam vocês na sala... - começou.
- Ela me chamou para sair com ela... Hoje às 20:00.
- E você vai? - perguntou, curioso.
- Vou sim. Não tenho nada para fazer mesmo a noite.
- Então... Vamos aproveitar que saímos cedo e vamos para a minha casa fazer o trabalho, . O Joe disse que vai. - A disse. Eu ia negar, mas o Joe vai. O pai dela não estaria em casa, então sabia que ele usaria isso pra ''atacar''. Tenho que proteger ela desse troglodita.
- Vou sim, . Temos que adiantar, né? - sorri.
- Isso! Nós vamos no carro do Joe. Tudo bem?
- Ah, pra mim está. E para você Joe? - quis provocar.
- Está sim. Vamos, ? - puxou ela pelo braço e foi saindo, me deixando para tŕas.
- É, ele está roubando sua garota. Corra logo. - falou.
- Ela não é “minha garota”.
- Ainda... Mas te digo que ainda será. - ele sorriu.
- Vai lá, cara. Boa sorte com o seu novo amigo lá e a garota - riu.
- Então beleza. Vou lá. E parem de me amar tanto. - corri para alcançar eles. Tive que ir no banco de trás, como de se esperar.

Pov's

O e o Joseph eram dois amigos bons. Só não sei por que eles não se dão muito bem. Nós aproveitamos que meu pai não estava em casa e fizemos uma boa parte do trabalho. Sempre o Joe queria me fazer rir e algumas coisas que ele falava o discordava e vice-versa. Mas era disso que eu mais achava graça: ver os dois quase discutindo.
- Bom, acho que já fizemos metade e é melhor você ir né, ? Senão não vai ter tempo de ir para a festa da sua namorada, . - Joe disse para ele.
- Eu posso ajudar mais.
- Melhor você ir mesmo, amigo. Já ajudou bastante e já são 18:00. Até você chegar na sua casa... Vai demorar. - eu disse, brincando.
- Tudo bem então. Me acompanha até a porta? – sorriu.
- Claro. Me espera aí, Joseph. - pisquei para ele e ele sorriu. Então levei o até a porta.
- Até quando ele vai ficar aí?
- Não sei também, .
- Só te peço uma coisa, ... Por favor, tome cuidado com ele. É um safado. - disse um pouco irritado.
- Ah, pára. Não vai acontecer nada. Mas agradeço a preocupação.
- Se cuida, . - beijou minha testa e foi. Eu estava rindo pelo o que ele falou. Na verdade, pela maneira como ele falou “É um safado”. Eu e o Joe ficamos conversando até às 19:00.
- Acho que está na hora de eu ir. - ele disse.
- Tudo bem então. Vou te acompanhar até a porta. Meu pai deve estar para chegar.
- Então vem. - ele me ajudou a levantar, puxando minha mão e nós fomos até a porta.
- Obrigada pela ajuda, Joe. E você me divertiu muito.
- Também me divertiu. É ótimo ficar com você hein, . Preciso mais disso. - ele sorriu de canto.
- Seria bom. - o sorriso dele era fofo. Ele olhou nos meus olhos e segurou nos meus braços. Eu sabia o que iria acontecer. Talvez eu deixasse que acontecesse. Mas não foi bem assim...

Capítulo 6 - 'GG'

POV's

O Joe estava se aproximando demais, quando eu escuto o barulho da buzina do meu pai e ele parou. Isso já estava sendo constrangedor.
- Posso saber o que está acontecendo aqui, mocinha? - meu pai parou ao nosso lado. Eu não sabia o que responder. Pensa... pensa.
- Já estou indo, . Tchau. - Joe disse um pouco grosso e foi embora. Bem que ele podia ter dito algo para o meu pai, né.
- Pai, eu... - antes que eu terminasse, ele me interrompeu.
- Que garoto abusado! Qual o nome dele? - fiquei em silêncio ainda. - Anda! Qual o nome?
- Ele é só um cara da escola, pai. Eu não ia deixar ele me beijar. - mentira.
- Esses garotos de hoje em dia, não se pode mais confiar! - ele disse, entrando bravo.
- Ah, pai. Para de ciúmes. E também... – arrisquei - eu já estou na idade para namorar, né?!
- Não. Não e não! Cuide dos seus estudos primeiro. - depois disso, fiquei escutando um monte de falação no meu ouvido. Argh.

POV's

Saí da casa da com receio por deixar ela com o Joseph. Ela confia nele, mas nem sabe quem ele realmente é. Ele acha que pode ter tudo. Eu sei que ele só se aproximou dela por causa de mim e por causa daquela ideia doida dele de... Aff! Celular! Meu celular está tocando e eu nem sei onde está. No bolso, é claro, anta. Era a dizendo que já estava me esperando. Eu cheguei em casa, tomei um bom banho para esfriar minha cabeça, troquei de roupa e fui buscar a patricinha.
- Demorou, hein, - ela disse, com um sorriso falso.
- Já não queria vir... Quer fazer me arrepender? - disse um pouco frio.
- Ai, bê, eu só brinquei. - ela disse, beijando minha bochecha. Odeio garotas que falam assim, mas tudo bem. Respira cara.
. Ela foi me indicando o caminho porque eu não sabia onde era. Agora eu queria mesmo chegar até aquela festa, só pra não ter que ficar sozinho com ela nesse carro.
- É aqui? - perguntei num lugar onde estava com grande movimento.
- Sim! Vamos. - parei o carro, descemos. Ela segurou no meu braço e nós entramos. Ela se juntou aos amigos e me apresentou. Ficou 'pendurada' ainda em mim, conversando com suas amigas. Me enjoava.
- Vou ali. - Saí dela e me sentei. Às vezes algumas garotas vinham se “oferecer”, vi que nenhuma delas prestavam. Ultimamente as garotas são todas iguais, menos a . Ela é uma garota especial, por isso quero protege-la… Para um idiota como o Joe não desfalecer o brilho dela. Sei que ela não é pra ele, nem pra mim... - Ei, amor, me deixou? No que está pensando? - ela disse, sentando no meu colo.
- A resposta é: Não e nada. - tentei tirar ela de cima de mim
- Vamos dançar? Vem. - ela me puxou para lá. Eu estava me sentindo um boneco. Porque né... Depois de eu reclamar, ela aceitou ir embora. 02:00h. E olha que no outro dia ia ter aula. Cheguei em “casa” e dei de cara com alguém.
- ? O que está fazendo aqui no meu apartamento? - ele estava deitado do meu sofá, mas estava acordado assistindo tv.
- Ah. Estava esperando você, cara. Como foi teu encontro? - ele sorriu.
- Não estava num encontro. Vai dormir, cara. - estava tarde mesmo.
- Irei dormir aqui. Tchau – cobriu e se virou para o outro lado. Ele está doido. Me joguei na minha cama e eu comecei a pensar na . Se o Joe tentou algo... Ela deixou? Por favor, isso não pode ter acontecido. Eu demorei para realmente dormir por pensar nela.

POV's

Depois de escutar tanto do meu pai, eu fui tentar dormir. É, tentar... Não consegui. Fiquei pensando... Nos motivos do Joe e o não se darem bem... E no motivo do Joe não ter falado nada depois que meu pai nos pegou quase nos beijando. Timidez? Isso tudo estava me matando. Eu tinha que tirar essas dúvidas. Dormi assim, com esses pensamentos.
- Filha, acorda – meu pai tentava me acordar. – Acorda, , você tem aula hoje e eu vou mais cedo.
- Ok, pai. Já estou descendo. - escondi meu rosto com o travesseiro e ele desceu. Fiz minhas higienes, prendi meu cabelo e desci.
- Bom dia, filha. - ele disse sorrindo e eu me sentei para almoçar com ele. Sim, meu almoço foi meu café da manhã, ou vice versa. Acordei tarde.
- Bom dia, pai. - nem comemos direito, pois ele iria mais cedo, como tinha dito.
- Filha... Sobre o que aconteceu ontem, com aquele garoto... - aquela conversa mais uma vez não. O Interrompi.
- Esquece, pai. Não vai mais acontecer. - sorri forçada.
- Não. Escuta, filha, você está certa… - suspirou. – Você está mesmo na idade para namorar.
- Desculpa por ontem, pai. - disse num tom calmo.
- Vou te apoiar nas suas decisões sempre, filha. - ele sorriu. Acho que nós nos entendemos mais uma vez. Meu pai era bem legal. Ele sempre diz que eu sou uma garota decidida, isso me deixa feliz. Cheguei à escola e fui direto para a sala, estava vazia. Deixei meus materiais lá e fui para o pátio.
- Ei, Joe! - tentei chama -lo quando o vi, mas ele pareceu não escutar. Ia chamar mais uma vez, mas minha voz falhou. Vi ele com uma garota. Não me era estranha... Uma líder de torcida. Então ela o beijou. Mudei de direção e vi os garotos chegando.
- Ei, ! Vem cá ver seus amores. - o disse rindo. Eles eram uns garotos legais. Fui até lá e eles me abraçaram forte. Awn.
. - Bom, agora estou com uma mistura do cheiro de cada um! - sorri. Vi a garota que tinha beijado o Joe chegar e chamar o . Ele me deu um beijo fofo na bochecha e foi com ela, desanimado. Logo eu fui para a aula com o e o com o Joe.
- Oi, parceira. - Joe disse, colocando seus braços em volta do meu pescoço. Eu tirei.
- Oi, Joseph - sorri. - Acho que sua namorada não iria gostar de ver você com outras garotas… Ainda mais quando se trata de uma líder de torcida... Elas são perigosas. - tentei brincar.
- Do que está falando? - ele se fez de desentendido. Odeio isso.
- Da sua namorada, Josep! - que jogo ele estava querendo?
- Hãm? Está falando da ? Não tenho nada sério com ela. É só mais uma que eu “tô” peg... Ela é uma ex. Acabamos agora. - Não entendi, afinal. Ok, entendi o jogo dele. Pegador.
- Sério, Joe? - fingi preocupação. - Que pena! - ele me abraçou. Vamos jogar um pouco também.

Capítulo 7

POV's

Eu estava conversando com o pessoal quando a aparece e me chama para conversar. Eu fui. Com pouca vontade, mas fui.
- Então, o que quer? – disse, tentando disfarçar meu pouco interesse.
- Queria falar com você, gatinho. - ela foi apoiando seus braços em meus ombros.
- Pode falar, . - forcei um sorriso.
- Ontem só você me animou... Aquilo seria pra baixo sem você. Mas acho que poderia ter sido melhor. - ela fitou meus lábios e foi se aproximando.
- Ei, olha... A professora está entrando na sala! - apontei para a porta e ela ficou meio “irritada”. Ela foi para a sala dela e eu fui para a minha. Sorte que nossas aulas não eram juntas. Cheguei à sala e vi a abraçando o Joseph. Acho que ele conseguiu o que queria com ela... Acho que é culpa minha. Deveria ter cuidado melhor dela. Tudo bem, ela não me deve nada. Mas temos que cuidar de quem amamos, né? Quer dizer, dos amigos não é? Que seja. Mas eu disse que ele não vai ganhar.
- Não corta o clima deles... - disse, segurando meu braço.
- Mas ela é minha parceira. - tirei meu braço dele e fui até lá. - E aí, ... Vai sentar comigo, né? - sorri e o Joseph me encarava.
- Na verdade, o Joe já me chamou. Então, desculpe. Deixa para a próxima? - ela disse, fazendo uma cara de “por favor, me desculpa”. Maldito Joseph.
- 'Tá. Não se importe... - encarei o Joseph também, que estava com um sorriso no rosto. É, ele está ganhando. Agora ela deve estar a fim dele.
- Eu disse que não era pra você ir lá. - disse e eu me sentei com ele. Joguei o caderno na mesa. - Não exagera no ciúmes, cara.. - ele disse rindo
- Não estou com ciúmes. Isso é raiva daquele babaca. - disse baixo. Não é ciúmes... Eu, eu sei que não é. A professora chegou e eu nem falei nada, nem fiz. Estava apenas observando o Joseph com a que estavam sentados lá na frente. Ele era um falso e era chato ver ela caindo a armadilha dele.
- . Presta atenção na aula. - o me cutucou.
- Não enche... - comecei a escrever o que tinha no quadro. Depois eu voltei ao normal, até chegar o intervalo.
- ! Espera. - escutei a voz da , que logo segurou meu braço.
- Oi, senhora. - brinquei e ela riu.
- Que senhora o quê! Depois eu preciso falar com você. - ela disse não muito séria.
- Algo sério? - perguntei e ela começou a rir.
- Não, não. É sobre o Joseph. - ela sorriu de canto. Agora tudo é Joseph. Imagino que ela estava com ele... Ela me deu um beijo na bochecha e foi puxada pelo Joseph. Talvez eu não quisesse saber do que ela iria me falar, até porque se refere ao... babaca. Sentei na parte tipo “arquibancada” do pátio até ser interrompido dos meus sentimentos pela .
- Oi, gatinho – ela disse, apoiando sua mão em meus ombros, se colocando no meio das minhas pernas.
- O que foi? - eu disse, tirando suas mãos e me afastando um pouco.
- O que está acontecendo com você? - ela disse, sentando ao meu lado.
- O que disse? - eu ouvi ela falar algo, só não tinha prestado atenção.
- Eu não acredito que está assim por causa daquela lá. - fez uma cara de nojo e apontou para onde a estava com o Joseph.
- Não. Não estou. - neguei com a cabeça também. - E mesmo que estivesse, qual é o problema? - tentei não ser grosso, mas acho que não colou.
- Nem quando estava comigo ficava assim. E ela não é sua namorada.
- E nem você. - levantei e fui para perto dos outros garotos. Agora eu não posso mais pensar em nada, ficar sozinho e ela já aparece para falar coisas, principalmente da . Isso me irrita
- Problemas com a namorada? - perguntou quando me viu aproximar.
- Hãm? Que namorada? – disse, sentando com eles, que estavam na mesa do refeitório.
- Já não sabe qual delas prefere, não é? - perguntou, rindo.
- Do que estão falando? - franzi a testa.
- Das duas! - disse, apontando para a e depois para a .
- Não se estresse. Mas parece que gosta das duas. - e agora foi a vez do de entrar na zoação deles. Amigos legais, né? Só que não.
- Vocês estão tendo problema comigo? Só me zoam agora!
- Só estamos dando o troco. - riu e começou a tocar violão. Era assim, ou ficávamos sentados... tocando o violão e jogando conversa fora, ou jogando futebol. Eu olhava para a e via ela com o Joseph, isso era estranho. Estou deixando ele ganhar o jogo? Que jogo na verdade é esse? Talvez seja ciúmes. Não! É raiva. Raiva por ele sempre.... ter tudo o que as pessoas querem... É isso! Não tenho ciúmes. Apenas o acho babaca.
- Ei! ! Está aí? Não diz suas coisas altas. Sabemos que quer a . - o disse, passando a mão em frente ao meu rosto.
- Eu disse em voz alta? - os encarei. Por favor, digam que não.
- Sim! Disse. - eles disseram em coro.
- Não acredito que fiz isso mais uma vez. O que escutaram?
- O suficiente. - disse.
- Que suficiente?
- Que você tem ciúmes da . - disse de uma forma debochada. Ele leu meus pensamentos ou eu falei isso em voz alta outra vez?
- Eu disse que NÃO tenho ciúmes. - disse com firmeza.
- Mas nós te conhecemos. - disse sério.
- Ainda bem que não são seus pensamentos pornográficos que escutamos! - colocou o dedo na boca e olhou para o que logo disse:
- Imagina se fosse assim: “Ô, , vem aqui que te pego de jeito”.
- “Vai com força, ” - imitou uma voz feminina em resposta.
- Aí tu já sabe, altos gritos.... Ainda bem que isso você não pensa alto. - disse rindo. - levantei.
- Isso não tem graça. Sério, pessoal! Já passou dos limites. - fui em direção à sala e o sino tocou. Eu não estou gostando dela. MINHA AMIGA.

POV's

Fiquei com o Joseph o intervalo todo. Às vezes eu fingia dar bola para ele. Não sei até onde esse jogo ia, mas vou levar.
- Joseph? - perguntei e ele ficava me fitando. - Joseph! - gritei.
- Oi? - ele disse sorrindo.
- O que foi com você? - sorri em resposta.
- Não posso mais admirar sua beleza? - ele disse, fazendo biquinho.
- Bobo. - dei soco de leve nele, que logo segurou meu braço e me puxou um pouco pra perto dele.
- Eu só disse a verdade. - ele sorriu de canto e se aproximou mais. Olhou para minha boca, mas logo recuou.
- Joseph? - queria perguntar o motivo dele recuar. Isso era estranho. Ele poderia ter me beijado.
- Pode dizer.
- Não é nada. - ele se virou e logo eu fui puxada pelo , que estava com o resto dos garotos .
- Podemos falar com você? - ele disse meio sério. O que foi dessa agora?
. - Claro que podem! - sorri. Eu realmente gostava de falar com aqueles bobões. E pelo visto está faltando um ali. - Por falar, cadê o outro bobão? - questionei.
- O ? - sorriu e eu apenas assenti com a cabeça. - É exatamente sobre ele que viemos falar.
- O que aconteceu? Ele ficou doente? Foi embora? - sério. Me preocupo.
- Não! Relaxa. - veio ao meu lado e envolveu seus braços no meu pescoço.
- É que nós descobrimos que ele está gostando de… você! - apontou para mim. Gostando de mim? Estão me zoando. Só pode.
- Não tem como. Ele está saindo com a . - ri.
- Desde o começo ele gostou de você. O Joseph percebeu que você era uma menina doce, daquelas que o se apaixona. Agora ele está com ciúmes lá. - continuou.
- O sinal já tocou. Melhor irmos para sala, né? - sorri meio forçada e chamei eles. Aquele assunto estava um pouco tenso.
- Pensa bem, . O Joseph não é uma boa pessoa. Não precisa ser obrigada a ficar com o nosso amigo, mas vai por mim... ele é melhor opção do que aquele metidinho a besta. - tinha segurado meu braço e sorrido de canto. O era sim um garoto bonito. Se eu sentia ciúmes dele? Claro. Fui para a sala e vi ele sentado sozinho, corri e me sentei ao lado dele.
- Posso? - o fitei e ele logo sorriu. Fofo.
- É claro. Antes que o seu namorado venha e dê ataques. - ele disse, revirando os olhos. Eu queria rir por dentro, mas segurei.
- E, por falar nisso, eu queria falar com você sobre ele. - disse e ele sorriu de canto. Pelo que estou vendo, o Joseph nem a estão na aula. Interessante...
- Ah, sim. No final falamos então, ok? - forçou um sorriso e logo olhou para o quadro. Raramente a gente conversou nas últimas aulas. Mas ele até que estava bagunçando. Já estava me acostumando com aquele jeito dele. Terminamos primeiro e logo saímos. Tínhamos 15 minutos sobrando. - Esqueceu que temos uma conversa pendente? - brinquei e ele me acompanhou.
- Vamos lá. - fomos para o pátio e nos sentamos em um mesmo banco, de frente para o outro.
- Então, , eu sei que tu não gosta do Joseph e o motivo me intriga, e muito. - disse um pouco 'nervosa', ele riu.
- É complicado.
- E não pode me falar? Não insisto.
- Não vai querer saber coisas do passado do seu namorado, vai? - disse meio confuso. “NAMORADO”?
- Hmm, deixa eu ver... Você era do tipo nerd ou quieto e como sempre tem que ter um valentão idiota na história. No começo, quando você era mais fraco, ele te zoava, mas você foi crescendo. Começou a gostar de uma garota, saiu com ela, estava se aproximando e achando que conseguiria finalmente ela, mas esse valentão, que é o Joseph... Como te odiava e com certeza tinha e tem inveja de você, roubou ela. Acertei? – questionei.
- Bom, não é tão complicado então. - ele riu e mexeu no cabelo.
- Foi isso mesmo? Por isso odeia ele?
- Eu gostava da Darlen e ele ficou com ela. Depois teve a , mas essa, ele era quem gostava mais. Eu namorei com ela. Agora pra ele, é questão de honra ficar ou pegar todas as meninas que gosto. - não sei por que, mas esse papo me incomodou.
- Uma hora ele para. Tenho certeza. Você é muito melhor que ele. Meninas idiotas.
- Você acha?
- Sim. Olha! Você é meigo, fofo, tem um sorriso lindo, é engraçado, inteligente, faz as pessoas muito bem, os seus olhos então...- caí na real. O que falei? Ele me olhou com um sorriso bobo. Se aproximou muito mesmo. Segurou minha mão. Meu coração acelerou um pouco. Acho que eu gostava dele.
- Bem, que eu poderia falar algo, mas você me deixou sem palavras e muito sem graça. Se você não fosse namorada dele, eu teria te beijado agora. - me deu um beijo na bochecha e se levantou.

Capítulo 8

POV's

Ele tinha dito aquilo me fez sentir vontade de beijá-lo agora. Ele estava achando que eu era namorada do Joseph? AH! Nem deu tempo de eu explicar para ele. Merda. Por que tinha que pintar esse clima agora? Mas isso não queria dizer que ele gostava de mim, talvez só tenha gostado do que eu falei e foram bobas as minhas palavras.
- ! – levantei. - Espera! - gritei e ele parou.
- Sim? - ele disse, sorrindo.
- Temos que falar sobre o Joseph. – disse subitamente e ele fechou um dos olhos, como se quisesse evitar falar sobre isso.
- Ainda não chegou onde queria? - riu e eu neguei com a cabeça, com receio. - Tudo bem então, vamos lá.
- Eu nem sei como falar isso direito... - olhei para o lado.
- Se você gosta dele, vá em frente, . Quero ver você feliz. - ele sorriu de canto. Nem percebi a chegando, mas ela já estava grudada no pescoço dele e, mais uma vez, não consegui dizer o que queria.
- Não era nada disso... mas tudo bem, vou deixar vocês a sós. Tchau, . “TCHAU”, . - sorri forçado e fui embora. Aquilo me enojava.

POV's

Alguns minutos atrás eu quase beijei a minha amiga. Ela tinha dito coisas doces e eu não consegui mais desviar dos seus olhos, se eu a beijasse, o Joseph a difamaria e socaria minha cara. Queria poder ouvir mais uma vez o que ela tinha dito. Ela não gosta de mim, só disse aquilo pois eu era seu amigo e ela queria me animar. Eu também não gosto dela, não é? Não gosto...(?) Chega de pensar nisso. Estávamos conversando, quando a chegou por trás de mim e me abraçou. A saiu, estava com cara de quem não teria gostado da presença dela... Mas acho que foi pelo fato de que ela queria conversar comigo sobre o Joseph, não tem nada a ver com gostar de mim. Por que diabos estou pensando nisso?
- Matando aula? - perguntou daquele jeito falso.
- Não faço isso, que eu saiba. Ao contrário de você, eu prestei atenção na aula e fiz meus deveres rápido. - sorri falso também.
- Quem disse que matei aula, gatinho? - perguntou.
- Cara, nossa aula era junta e você, e nem o babaca do Joseph estavam lá. - respondi.
- Awn! Sentiu minha falta foi? - ela sentou e me deu vários beijos na bochecha.
- Na verdade... - ia dizer algo para protestar, mas ela me beijou.
- Eu te amo, . - ela disse, estava esperando resposta, acho.
- Wow, desculpa interromper o casal, mas dá licença que eu tenho que levar meu amigo embora. - chegou e eu estava bem por isso, poderia me tirar dali daquela “tortura”. Saiu me arrastando pelo braço.
- Aconteceu alguma coisa? - disse, puxando meu braço para que ele largasse.
- Não admito uma vadia qualquer beijar meu homem! - ele disse, fazendo mais uma vez aquela voz gay.
- Desde quando eu sou seu? - brinquei.
- Desde o dia em que se ofereceu para me ajudar na aula de química, gato! Já se esqueceu de mim? - deu piscadelas. Nos aproximamos dos outros.
- Nunca esqueço de você, querida. - ri, os outros garotos nos olhavam debochados.
- Treinando para falar com a ? - disse, entrando no carro e os outros riam.
- Na verdade, ele é meu! - a voz de gay forçada do ecoou dentro do carro.
- É sério, cara, estava treinando para falar com ela? - continuou o assunto. Estava demorando para eles ficarem nesse assunto idiota, só de pensar que quase beijei ela e o que impedia era o Joseph, me irritava. Quer dizer, aquilo foi momento.
- Mas vocês estão desatualizados mesmo, hein! - revirava os olhos. - Ele ficou, beijou a .
- Ela quem me beijou! - protestei.
- Que porra hein, velho! Você estragou tudo, tudo mesmo. - me deu um soco um pouco forte no ombro. O que estava acontecendo? Ele gostava dela?
- O que eu estraguei, merda? Não precisa ficar batendo, cara.
- Nós tínhamos ido falar com a sobre seu sentimento por ela hoje. Acho que ela tinha aceitado bem. - ele continuou. O QUÊ? SOBRE O QUÊ? Não tinha sentimento nenhum.
- Mas que merda! Eu não mandei vocês fazerem isso. Eu nunca disse que gostava dela. E mesmo assim, ela tem o Joseph... Eu gosto dela, mas como amiga. - soltei tudo de uma vez. Eles só fazem coisas erradas.
- Você falou tudo isso, mas o que eu entendi foi: “Eu... disse que gostava dela. Ela tem o Joseph, eu gosto dela.” Você não nos engana. - disse. Como eles podem botar tanta coisa assim na minha cabeça.
- Hoje eu quase a beijei. - saiu da minha boca, por impulso. - Daí eu lembrei que ela namora o babaca…
- Caracas! Quase a beijou? - disse, mas agora animado.
- Percebeu que começou a chamar ele de babaca mais vezes depois que ela chegou? - falou sério. Isso é verdade? Acho que eles querem me confundir ainda mais
- Eu não sei mais o que eu sinto! Eu tinha certeza do que eu sentia. Um tempo atrás eu queria a , aí a chegou e fez tudo isso mudar. Mesmo eu nunca tendo falado com ela, eu... sei lá, eu sabia que ela era diferente. Mas acho que não gosto dela.
- Você só não quer admitir. - disse, descendo. Tínhamos chegado. - Mas se estiver gostando dela, melhor fazer algo antes que a perca de verdade. - essa foi a última frase sobre esse assunto no dia de hoje. Fomos para o meu apartamento fazer o mesmo de sempre… jogar, conversar e beber um pouco.

POV's

Na saída, eu esbarrei no Joseph e ele me chamou para sair pela noite. Não tinha nada para fazer e queria mesmo sair... Não com ele, mas aceitei. Queria ver o que meu pai diria sobre isso. - Te pego às 19:30 então. - sorriu e eu sorri de volta, e ele se aproximou. Selou nossos lábios rapidamente e foi embora. O que ele estava pensando? Fui me virar para ir embora e, sem querer, derrubei os livros de uma garota. - Me desculpa! Desculpa mesmo. – disse, ajudando ela a catar, parecia ter ficado um pouco irritada.
- Não me importo com os cadernos e livros. Ruim é ter que catar com essa saia. - bufou e riu. - Se eles quiserem ser estragados, rasgados e sumirem “sem querer”, não vejo problema.
- Se acontecesse o mesmo com os meus, não me importaria também. - levantei e coloquei os livros nos braços dela.
. - Eu sou a Cher. Sou nova aqui. - ela disse, estendendo a mão. O jeito dela falar era um pouco engraçado.
- . Mas pode me chamar de . - apertei sua mão. - Seu nome é realmente, Cher?
- Sim. Eu não sei o motivo dos meus pais darem a mim esse nome.
- Bom, seja bem-vinda, Cher. Estou indo embora agora. Meu pai está me esperando. - olhei para o outro lado e ele estava parado. Nem tinha percebido ele chegando.
- Obrigada e até mais! Também vou indo. Tenho que ajudar meus pais na mudança. - guardou seus pertences. Fui para o carro e meu pai estava de bom humor, pelo menos até antes de eu contar que teria uma espécie de encontro.
- Como foi a aula? - indagou.
- Boa. – respondi. – Tenho algo para te pedir, pai. - disse com receio.
- Pode me pedir tudo, pequena. - sorriu.
- Posso sair com um amigo hoje? Sei que o senhor não gosta que eu fique saindo com garotos...
- Claro. Pode sim. - me interrompeu. - Desde que não seja aquele garoto que tentou algo com você. - ele disse, um pouco mais sério.
- Qual o problema, pai? Ele é meu amigo. - protestei. - O senhor sempre me prende. Eu também tenho de ter amigos! Confia em mim, pai, não vai acontecer nada.
- Está certo. Tudo bem então. Mas seu horário de estar em casa é às 22:00h, no máximo. - ele disse, um pouco mais calmo. Chegamos em casa, arrumei meu quarto, que estava uma bagunça, tomei meu banho e fui me arrumar, já que eu era muito enrolada pra isso. Vi o carro do Joseph parando em frente de casa e corri. Meu pai já estava na porta antes de mim.
- Vou indo, pai. - disse para que ele entrasse logo.
- Juízo. - disse seco e bateu a porta. Meu “encontro” foi uma merda, então não vou contar detalhes. Resumo: Fomos ao cinema, o Joseph, na saída, tentou me beijar e ficava com mão boba. Ridículo. Eu pedi para que ele me levasse para casa e ele disse que eu era cheia de graça.
- Obrigada por me ofender então. - disse falsa quando paramos em frente de casa, estava com raiva dele.
- Me desculpa. Eu não fiz por maldade. Hoje não foi um dia muito bom para mim. - me abraçou. - Eu te amo, viu? - essas palavras pareciam tão falsas para mim.
- Vai embora, vai. - o empurrei. Ele foi até o carro irritado e acelerou. Me virei e dei de cara com alguém. - Cher? - perguntei surpresa.
- Oi! Problemas com o namorado? - ela ria. Primeiro, como ela sabe onde eu moro? Segundo, por que ela acha que ele é meu namorado?
- Ele não é meu namorado não. – ri. – Como veio parar aqui?
- Me mudei para cá. - ela apontou para a casa vizinha. Como eu nunca percebi as mudanças?
- Vem, pode ficar aqui em casa um pouco? - eram 21:00 ainda. Precisava conversar com alguém também.
- Não vejo problemas e acho que meus pais também não. - entramos e eu expliquei a história com o Joseph e tudo.
- Entendeu? - sorri quando terminei. Sei que não podemos confiar nas pessoas que nem conhecemos direito, mas eu precisava mesmo tirar todo o peso da minha cabeça e com o meu pai que não poderia ser.
- Bom, pelo que vi você gosta do outro… o , mas não tem certeza. Sobre esse Joseph, não dá para saber se ele gosta mesmo de você ou está fazendo isso para irritar o garoto aí. - não tinha pensado nisso.
- Como? - perguntei.
- Porque ele sempre fica com as garotas que o gosta. Vai que você é uma delas e nem percebeu isso? Os dois se gostam, mas não admitem. - talvez sim, talvez não. Mas não quero me iludir com incertezas. A mãe dela a gritou e ela foi embora dormir.
- Nos falamos amanhã então! Obrigada por me fazer companhia. – sorri, acompanhando ela até a porta.
- Não precisa agradecer. Se quiser, minha mãe pode nos levar à escola amanhã. - sorriu
- Claro. Boa noite. - disse e ela foi embora. Subi, tomei um banho novamente e fui dormir, ou pelo menos tentar.

POV's

Ultimamente eu tenho pensado mais nas coisas que eles falam sobre a . Talvez eu esteja mesmo gostando dela. E o que tem de ruim nisso? Ela é uma boa garota. Desde o começo eu disse que não deixaria o Joseph ganhar o jogo... Não vou mesmo. Eu só precisava de um beijo, um beijo para ter certeza de tudo, se vale a pena lutar, se ela é mesmo minha... Só aí então eu poderia tirar essas dúvidas que prendem meus pensamentos. Os garotos já tinham ido e eu resolvi ir dormir logo, queria que o amanhã chegasse. Estava decidido em tirar logo essas dúvidas. Estava arriscando minha amizade com ela, mas eu consertaria depois. E se ela não gosta de mim e sim do Joseph? Não ligo, eu a conquisto. - Acorda! - uma voz familiar ecoava. - Velho, acorda… Vamos chegar tarde à escola e a primeira aula é educação física. Temos que arrumar um time bom. - logo me vi caído no chão.
- Estou cansado. – reclamei, levantando e vi que era o .
- Vamos logo. Os outros estão esperando no saguão. - saiu e eu olhei no relógio, íamos mesmo chegar atrasados. Fiz minhas higienes e nem liguei para o horário. Eles iriam ter de me esperar mesmo. Quando saí, só ouvi reclamações. Ignorei. Entrando na escola, vi ela parada perto do armário com uma menina nova, logo o Joseph se aproximou dela e segurou sua mão. Algo me impediu, senti apenas um impacto e logo vi/senti a me beijar.
- Ei? Endoidou? - eu disse, empurrando ela devagar, que segurava minha mão em sua cintura.
- A minha? - ela disse, meio assustada(?) - Me desculpa! Pensei que a gente tinha algo... Precisava te beijar. - fez uma cara de coitada.
- Depois nos falamos. - escutei o sinal tocar e corri para a sala. Precisava ver a . Pelo menos ver ela. Não ligaria para o que o Joseph falasse ou fizesse. Eu a chamaria para sair, eu queria sentir seu gosto. Queria que essa merda de confusão saísse da minha cabeça. Limpei meus lábios, que ainda estavam com o gosto repugnante da outra. - E aí, desejado. - ela sorriu falso.
- Desejado? - agora eu fiquei “desajeitado”. - Não sou. - sorri e beije sua bochecha.
- Claro que é! As garotas te amam.
- Isso é mentira, . Queria te pedir para sair comigo. Como amigo, é claro. Não quero arrumar briga com teu namorado. - sorri desconfortável. Não sei como arrumei coragem.
- Tua namorada não vai gostar nada disso. Vamos sair nós dois mais o Joseph e ela. Que tal? - falar do Joseph é uma merda.
- Quer saber? Deixa quieto, . Não preciso nem de você... Nem do babaca do Joseph. QUE VOCÊS SEJAM FELIZES. - disse seco. Babaca.
- Não precisa de mim? - a voz dela havia falhado. - Sempre achei que você fosse diferente... Mas você é pior que o Joseph.
- Nunca precisei de você e talvez nunca precise. Algum dia o Joseph cansa de você. Ele só vai te usar e jogar fora quando não servi-lo mais.
- Guarde bem suas palavras. Espero que nunca precise de mim mesmo. Ao contrário, espero que ela te faça muito feliz. E eu achando que estava gostando de você, quase acreditando que você estava gostando de mim, estúpida. - ela saiu, mesmo com a professora na sala. As últimas palavras ficaram ecoando na minha cabeça… O que foi que eu fiz? Eu sou mesmo pior que o Joseph. Levantei com o intuito de ir atrás dela.
- NINGUÉM MAIS VAI SAIR! - a professora gritou. Estava na porta. - Se o Sr. sair, melhor que não volte. - eu não queria voltar mesmo. Saí daquela sala e fui atrás dela. Além de não ter ela como somente minha, eu iria perder a sua amizade. Agora eu sei que eu realmente gosto dela. Eu preciso dela... Pontada no meu coração? - Não sei o que você falou para ela, mas ela realmente estava triste. Agora deixe ela conversar com o Joseph... - disse. - O namorado dela. - ela estava abraçada com ele, sentada no chão. Não vou deixar... - Não. - desviei dele.
- O que vai fazer? - ele gritou
- Resolver algo. – disse, me aproximando deles. Nem eu sabia o que iria fazer, mas iria resolver.

C.9

POV's
Eu fui até a direção dela e do Joseph, mesmo que eu tivesse perdido mesmo ela tinha que pedir desculpas por ser um idiota, e como eu tinha dito , mesmo que o Joseph fosse seu namorado eu a conquistaria.
- , preciso falar com você.
- Ela não quer falar com você. - Joseph se levantou e se colocou na minha frente.
- Pelo o que eu saiba, ela tem boca e pode falar por si não é?
- Então tente. - Joseph riu e saiu de perto.
- Posso falar com você? - me sentei ao lado dela.
- O que quer agora? - se levantou.
- Calma , eu vim pedir desculpas. - acompanhei ela.
- Por qual motivo?
- Ah, por ter sido um idiota e falar o que eu não deveria. Não quero perder você .. ou sua amizade assim tão cedo.
- Tudo bem... - ela sorriu. - Também não quero perder sua amizade assim tão cedo. - me aproximei dela e a abracei.
- E eu preciso falar algo para você.
- Pode dizer. - ela sorriu.
- Hm... agora não posso. Mas prometo te dizer logo, principalmente se nossa saída estiver de pé. - pisquei.
- Agora eu fiquei curiosa. Mas , vamos logo porque o pessoal já deve ter sido liberado para a quadra.
- Claro, vamos. - puxei a mão dela e a segurei. Logo o Joseph apareceu.
- Bom, já terminaram de conversar né? - puxou ela para perto.
- Quem você pensa que é para puxar ela assim?
- É melhor você nem começar ok? Depois vai ficar chorando na diretoria.
- De verdade, eu só queria que vocês se dessem bem. Isso cansa. - disse indo embora para a quadra.
- Satisfeito? - Joseph me olhou
. - Cara, de verdade... se você gosta mesmo dela eu não quero ter problemas com você, até porque eu sou amigo dela e vou ser obrigado a ver você sempre que ver ela. Ela é uma boa garota e eu não quero ver ela triste por nossas brigas idiotas. Não quero problemas ok?
- Nem vem com esse papo, beleza? Hoje … na festa que a vai dar, dê adeus para sua querida .
- Ei, o que é que você vai fazer com ela? - perguntei enquanto ele ia para a quadra.
- Esteja lá e verá. Vai ser legal... pelo menos para mim. - eu nem iria na droga de festa que aquela garota dá todo ano, sem ser seu aniversário... Mas agora eu seria obrigado a ir, não sei o que o Joseph ia fazer ou pelo menos tentaria, se eu contasse algo para a , ela acharia que eu estivesse inventando uma mentira para fazer com que ela não fale mais com o Joseph.
- Vamos logo para a quadra . - ouvi o me chamar e então eu o acompanhei.

POV's Chegamos na quadra e o pessoal todo estava com time formado, sentei então na arquibancada e o Joseph veio ao meu lado.
- Não se preocupe ok? Eu e o seu amigo não iremos mais ficar brigando.
- Promete?
- Claro querida. - ele sorriu e colocou seus braços em volta do meu pescoço.
- Está calor Joseph. - retirei seus braços.
- É, queria saber se vai na festa da hoje.
- Nem estou sabendo de festa, e também nem me dou bem com ela. Acho até que ela me odeia.
- Ela disse que eu poderia chamar quem eu quisesse, principalmente você . Vamos? Seus amigos também vão e eu ficarei com você.
- Tá legal. - bufei. - Só não vou ficar até tarde.
- Certo. Eu te pego ás 20:00 . - apenas assenti. Sei que é estranho eu ficar bem com o Joseph depois da briguinha do nosso ''primeiro encontro''. Mas eu tinha que esquecer para continuar no joguinho dele e também, eu não tinha nada para fazer pela noite, meu pai estaria trabalhando. As aulas foram chatas como sempre e a mãe da Cher nos levou para casa, ela também tinha sido convidada e iria comigo, claro. Então ela pegou suas roupas e nos arrumamos em minha casa até esperar 'o babaca' do Joseph chegar, como diz o .
- Não contou o que sente para o seu amigo lá? - Cher perguntou indo até a janela.
- Não! E nem pretendo tão cedo, o que ele iria pensar de mim? O que falaria para mim?
- Acho que ele iria te achar fofa e diria que gosta também, mas nunca vai saber se não tentar.
- Mas e o Joseph?
- Bom, talvez ele não goste de você como o goste e também, ele pode voltar continuar ficando com essa líder de torcida que vai dar a festa. - como?
- Continuar ficando? - perguntei.
- Ah, olha... ele chegou! - ela disse apontando para fora. Agora eu queria saber esse ''continuar ficando'' , a Cher sabe demais das coisas.
- Então vamos logo, e depois você tem que me explicar isso que acabou de falar. Coloquei um bilhete na geladeira para que meu pai visse e não me xingasse tanto. '' Fui até a festa de uma colega da escola, espero que não fique zangado''.
- Claro! Explico. - sorriu. Entramos no carro do Joe e então fomos em direção à casa da , que por sinal era muito grande e estava lotada. Fui falar com meus 5 amiguinhos fofos enquanto a Cher foi convidada para dançar com um garoto que parecia ser legal.
- Uau, está muito linda! - o disse e eu estava corando.
- Sem dúvidas, muito linda. - .
- Nem tenho palavras. -
- Muita coisa para o . Vamos ali conversar. - disse rindo e colocou seus braços em volta do meu pescoço.
- Ow, pra você também ok? Para o Joseph... ou pra qualquer um. - disse brincando.
- Tudo bem né? Não tem mais como uma pessoa corar na vida.
- Por falar em Joseph, aí vem ele. - revirou os olhos e logo senti uma mão em minha cintura.
- Aceita? - Joe me puxou pela cintura e ofereceu um copo de vodka[?]
- Não bebo. - forcei o sorriso.
- Ah, qual é , você veio numa festona e não vai beber? Vem, vamos dançar.
- Tudo bem. - ele me puxou pela mão e eu o acompanhei. Ele estava com uma mão na minha cintura e a outra segurando o copo.
- Vai , experimenta. - ele colocou o copo perto do meu rosto e então eu tomei um gole, um dos vários. Só vi ele se aproximando e me beijando, sua mão agora estava um pouco mais para baixo, eu não conseguia 'sair' dele , eu tentava mais era quase impossível.
- É melhor que você não beije ela mais. - vi o Joe indo para o chão, e quem o derrubou? .
- Você viu não é , ? Ele quem começou. - Joseph disse se levantando.
- Não. Foi você quem começou cara. Por que está fazendo isso com ela? Não me importo se não gosta dela, mas e se ela estiver gostando de você? Por qual motivo está querendo brincar com os sentimentos dela?. - todos estavam olhando para a nossa direção.
- Do que está falando ? Só porque eu estou conseguindo ficar com a garota que você … ops, eu gosto. - ele disse de um jeito debochado.
- Você não gosta dela. Mas que se ferre também, vamos para casa. - me puxou pelo braço.
- Ela não vai . - Joseph me puxou também. Então logo o deu um soco nele , um pouco forte e me colocou em seu ombro.
- Ah, ela vai. - ele disse enquanto me segurava e eu me debatia. Queria saber o motivo dele ter brigado com o Joe depois de ter prometido que não ira mais brigar com o ele.
- Me solta .- ele estava me levando para o carro.
- Colabora vai . - ele disse me apertando um pouco mais.
- Me solta logo. - Calma, já estamos perto do carro. - me soltou perto do carro e parou em minha frente. - Vai, fala o que você quer.
- O que foi que deu em você para ficar brigando com o Joe? - o empurrei. - Você prometeu! O que ele fez para você?
- Não foi nada … esquece isso. Você está bêbada, precisa ir para casa.
- Não! Quero que me diga agora ou eu não entro nesse carro e ligo para polícia. - o empurrei outra vez enquanto ele se aproximava e então segurou meu braço.
- Quer mesmo saber? Eu não pretendia falar agora...
- Eu quero. - então ele me empurrou para mais perto do carro e fitou meus olhos que eram lindos.
- Olha , para começar eu acho você uma garota linda, fofa e incrível, exatamente tudo que eu sempre quis em uma garota. Desde o primeiro dia que eu vi você sabia que você era diferente, mas acho que até o Joseph percebeu e por isso tentou levar você para a lista dele. Eu tive de ficar esperando todos esses dias para ter certeza de que gostava de você , e quando eu vi o Joseph te beijando … parecia que eu tinha perdido a coisa que eu mais gostei. Ele é um idiota e eu não admito perder você para ele, mesmo que não goste de mim … quero que saiba que eu gosto de você. - ele disse e eu percebi que seu corpo estava junto ao meu e meu coração batia muito forte por eu ter ouvido essas palavras.
- , você não vai me perder para ele , até porque eu percebi que ele é um idiota. Me deixou feliz em ouvir essas palavras. - passei a mão pelo rosto dele e ele segurou minha cintura.
- Você é uma garota realmente incrível. - se aproximou de mim e juntou nossos lábios e tornando isso um beijo. - Pena que talvez não se lembre o que eu te disse hoje ou até mesmo do nosso 'primeiro' beijo que, para mim foi a melhor coisa que me aconteceu hoje. - ele sorriu de canto. Mesmo estando um pouco 'alterada' , eu pude sentir que o beijo dele foi diferente de tudo que já aconteceu, era simplesmente INCRÍVEL.
- Acha que eu não vou lembrar? - perguntei enquanto ele se afastava um pouco.
- Acho. Mas não importa, eu faço você lembrar . Eu quero me lembrar disso e poder viver momentos assim com você.
- Eu também. - sorri e entrei no carro. Ele fez o mesmo. - Preciso de um banho.
- Concordo. Vou te levar para o meu apartamento ok? Se seu pai te ver assim, vai provavelmente, te matar e eu não quero isso.
- Não sei... acho melhor não.
- Não vou fazer nada com você … que você não queira, é claro. - ele disse rindo.
- O quê?
- É brincadeira princesa. - sorriu. Minha cabeça doía, eu só precisava tomar um banho e dormir, e sim... queria poder me lembrar sobre o que tinha acontecido entre mim e ele, que para mim era um dos garotos mais legais que eu já conheci.

POV's
Levei ela para o meu apartamento e entreguei para ela uma toalha limpa e uma roupa minha que caberia nela. - Até roupa de garoto fica bem em você? - disse ao ver ela saindo do banho. - Obrigada. - ela sorriu e se sentou na minha cama.
- Bom, pode ficar com a cama e eu durmo no chão. - joguei meu travesseiro no chão mas ela segurou meu braço.
- Não, tudo bem . Eu confio em você e não quero que fique doente. - ela sorriu e eu fiz o mesmo.
- Sabe quando eu disse que não precisava de você? Eu estava errado... eu preciso de você e muito. Mas do que eu poderia imaginar. - fiz carinho em suas bochechas.
- Eu também preciso. Gosto muito de você . Não sei como aconteceu tão rápido... mas aconteceu.
- Acho que você já foi feita para mim. - beijei ela delicadamente e sorri ao terminar. Ela se jogou na cama e então adormeceu. Beijei sua testa e coloquei a coberta por cima dela, então dormi muito feliz.

Continua...


6 comentários:

  1. AHHHHHHHHHHHH POOOR FAVOOOR CONTINUAAA LOGOO SUAA LINDA*-------* MEUDEUS QUE PERFEITOO *--*

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  2. Continuaaaaa! porfavor! eu adorei sua historia '*-* pf continuaa

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  3. CONTINUA PELO AMOOOR DE DEUS CONTINUAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  4. Ahhhhhhhhh por favor continua!!!!!! Eu to amando vai!!!! CONTINUAAAAAAAAAA

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